CENTRO DE TRIAGEM

CENTRO DE TRIAGEM E QUARENTENA PARA O CRAS-MS (CENTRO DE REABILITAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES)

O projeto para o Hospital do CRAS foi concebido pela 1PRA2 Arquitetura e Engenharia, com uma equipe composta pelos arquitetos e urbanistas Neder Schabib e Amanda Zys, o engenheiro civil Pedro Schabib e o engenheiro eletricista Gabriel Marcolan.

Inicialmente enfrentamos o desafio de estabelecer o programa de necessidades para um hospital destinado ao atendimento de animais silvestres, dada a falta de projetos precedentes com a mesma tipologia. Para tanto, buscamos orientação nas bases normativas e legislativas, incluindo o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e normas hospitalares pertinentes.

Para garantir que o projeto atendesse às expectativas funcionais, promovemos uma série de reuniões colaborativas com as diversas equipes do CRAS, contando com a participação de biólogos, tratadores e a equipe administrativa. Esse processo de projeto participativo permitiu que adaptássemos as instalações para atender às especificidades de cada procedimento realizado.

Como resultado, o Hospital foi dividido em blocos claramente definidos, destinados às atividades administrativas, clínicas, triagem e quarentena. Esta separação é resultado do estudo do fluxo de funcionamento diário do CRAS, que exige uma setorização bem definida por medidas sanitárias e pela sistematização de processos restritos.

É importante dizer também que desde o início uma de nossas principais preocupações foi a sustentabilidade, refletida em soluções que possibilitam o reuso de água, geração de energia fotovoltaica e na seleção criteriosa de materiais de alta durabilidade e métodos construtivos compatíveis economicamente e culturalmente com a nossa região.

Já o método de desenvolvimento do projeto foi baseado em BIM (Building Information Modeling), o que assegurou a extração de informações em tempo real, incluindo quantitativos, áreas e elevações. Essa abordagem contribuiu significativamente para eliminar problemas de compatibilidade e retrabalhos durante a fase de execução, além de possibilitar minimizar os custos operacionais e de manutenção ao longo do tempo.